O futuro do trabalho


Tenho lido conteúdos sobre o futuro do trabalho e fico me perguntando se algumas pessoas estavam hibernando nos últimos 10 anos. O que alguns comentam sobre tendências já é realidade para muitas empresas e mudanças nas relações de trabalho são uma constante no mundo.

O que ocorre a partir da Pandemia (que impacta o comportamento das pessoas e gera a crise econômica) é a aceleração das mudanças e adaptações nas relações de trabalho e consumo (sim, o comportamento de consumo de serviços e produtos impactam o futuro do trabalho), mas é importante compreender que muitas destas mudanças, ditas como parte do futuro, fazem parte do presente. Trabalho remoto, multi carreira, diferentes modelos de contratos, a contratação de especialistas/ times por projetos, automatização de processos já fazem parte da cultura de muitas empresas e, aquelas que estavam resistentes em atualizar o modelo de relação com seus funcionários(as) e clientes, hoje estão acelerando e descobrindo que funciona. Mesmo o Job Sharing, que é uma prática pouco conhecida de redução da carga horária de trabalho por compartilhamento do cargo, já vinha sendo testado por algumas empresas no Brasil.

Então, qual é o futuro do trabalho?

Esta pergunta não pode ser respondida como se o futuro fosse um lugar para se chegar. O futuro é uma jornada contínua de mudanças e adaptações, com oscilação de velocidade determinada por crises, leis, empresas e pessoas que utilizarão cada vez mais a tecnologia para resolver problemas, proporcionar experiências virtuais, colaboração remota e diferentes alternativas nas relações de trabalho, prestação de serviço e consumo. Vamos atuar em um mundo cada vez mais tecnológico, conectado, dinâmico e principalmente focado no ser humano onde o “ou” será progressivamente substituído pelo “e”, possibilitando às pessoas escolherem como preferem atender suas necessidades.

Por exemplo:

Atendimento presencial ou remoto por: Atendimento presencial e remoto.

Trabalho presencial ou remoto por: Trabalho presencial e remoto.

Loja física ou e-commerce por: Loja física e e-commerce com experiência e interação.

Experiências presenciais ou virtuais por: Plataformas presenciais e virtuais em tempo real.

Produtividade ou saúde mental e bem-estar por: Saúde mental / bem-estar e produtividade.

Educação presencial ou à distância por: Experiências presenciais em qualquer lugar e plataformas online interativas e em tempo real.

Professores ou mentores por: Professores e mentores.

Um único modelo de contratação e inflexível por: Diferentes modelos de contratação e flexibilidade.

Senso coletivo ou individual por: Coletividade e individualidade.

Como estar preparado(a) para este mercado?

Esta é a principal pergunta e a resposta começa pela compreensão que ninguém está blindado(a) e que mudança fará parte do jogo cedo ou tarde. Investir em educação e desenvolvimento de habilidades que nos conecta com tendências de comportamentos e modelos de negócio nos ajudarão a evoluir com as mudanças. É ser o eterno aprendiz e ter apetite pelo novo!

Ah! Investir em um curso sobre finanças pessoais, ter um mentor de carreira e bem-estar, cuidando de todos os aspectos pessoais (físico, emocional, espiritual, familiar, financeiro…) continuará como tendência.

Mas sempre tem aquelas pessoas que se consideram ou consideram sua empresa à margem de tudo isso, deixo a frase do Jack Welch: “Mude antes de ser obrigado a fazê-lo”.

DB